Penso que nunca abordei aqui a temática da IA ou AI, se preferirem a versão inglesa. Recorro à Wikipédia para elevar a credibilidade da informação: “A inteligência artificial (de sigla: IA; do inglês: artificial intelligence, de sigla: AI) é um campo de estudo multidisciplinar que abrange várias áreas do conhecimento. É também um conjunto de novas tecnologias que permitem aos aparelhos smart executarem várias funções avançadas de modo quase autónomo, representando um marco histórico na computação moderna. Embora o seu desenvolvimento tenha avançado mais na ciência da computação, a sua abordagem interdisciplinar envolve contribuições de diversas disciplinas. A inteligência artificial é um campo da ciência que se concentra na criação de computadores e máquinas que podem raciocinar, aprender e atuar de maneira que normalmente exigiria inteligência humana ou que envolve dados com escala maior do que as pessoas podem analisar.”
É certo que vivemos há muitos anos rodeados de máquinas que substituem o trabalho do homem e que, ao longo dos tempos, foram sido desenvolvidas e melhoradas a um ritmo alucinante, evoluindo dos pequenos comandos para sistemas cada vez mais complexos, sempre com o objetivo arrojado de melhorar e facilitar a vida do ser humano. Facilita e melhora, é certo. Quem é que não gosta de pressionar um botão e ver pouco tempo depois a roupa lavada ou o chão aspirado? Ou então, saber que, segundos depois de enviar um email, este chega ao seu destinatário a milhares de quilómetros de distância? São apenas alguns exemplos modestos, porque, obviamente, não podemos deixar de falar nas vantagens da otimização e que continuam a ser imensas. Porém, o Homem é insatisfeito por natureza e não para. Fernando Pessoa exclamava num dos seus poemas, inseridos na obra “Mensagem”, e cito “Ser descontente é ser homem”, que apela para o constante entusiasmo da descoberta. Falar hoje de inteligência artificial é já algo banal, visto que este conceito entrou não só no vocabulário comum, como também se tornou acessível a todos. Aqui chegados, justifica-se a questão: para que serve, afinal, a inteligência artificial? Como já se referiu anteriormente, é utilizada para o bem-estar do ser humano em questões, de uma forma geral, de caráter científico, como a engenharia, astronomia, medicina; compila, de uma forma muito mais rápida, as informações que existem nos servidores. Assim sendo, ela não cria, mas recria a partir de todo o conhecimento que está disponível na internet, no mundo inteiro. Devido a essa capacidade extraordinária de organização e seleção de informações, há profissões que estarão verdadeiramente ameaçadas, incluindo as da área artística.
Em conclusão, ouso dizer que, se não houver um controle sério e ativo dos seus poderes, seremos facilmente dominados por ela. Concordo, pois, com Pitigrilli, o autor acima citado, talvez esteja mais próxima do que pensamos a escravização do homem pela máquina.