Apesar de as taxas de juro terem sofrido uma redução no mês de dezembro – a quarta consecutiva desde junho, colocando a taxa diretora nos 3% –, a presidente do Banco Central Europeu anunciou que estão previstas novas baixas face à desinflação avançada e ao aumento dos riscos para o crescimento da economia.
“Se os dados que nos chegam continuarem a confirmar o nosso cenário de base, que prevê o regresso da inflação ao objetivo de 2% em 2025 na Zona Euro, a direção é clara: tencionamos reduzir ainda mais as taxas de juro”, acentuou Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu.
No entanto, considerou, “a atual política monetária continua a ser restritiva”.
Note-se que, as taxas do Banco Central Europeu (BCE) têm um impacto direto sobre as taxas de juro do crédito cobradas pelos bancos às empresas e às famílias.
Segundo as mais recentes previsões, os mercados antecipam várias descidas das taxas pelo BCE em 2025, a fim de colocar a taxa de referência em “cerca de 2%”, um nível considerado neutro e que não penaliza nem apoia a economia.
Confiante num regresso “sustentável” da inflação, o BCE pretende aplicar uma política de taxas de juro “adequada”, em função dos dados económicos.
É possível “regressar a uma situação em que o horizonte da política (monetária) possa ser ajustado de acordo com a natureza, a escala e a persistência dos choques, conforme necessário”, concluiu Christine Lagarde.
