A “Saúde Mental nas Crianças e Jovens” foi o tema escolhido pela Associação Partilhiniciativa (API) para assinalar a Semana da Saúde Mental, num retomar do ciclo de conversas que a associação quer continuar a realizar.
A conversa, moderada pela jornalista Bárbara Rola, aconteceu a 11 de outubro, na Associação Empresarial de Vila Meã, e teve como convidadas a psicóloga Sandra Braga e a médica Antonieta Azeredo. O desenvolvimento na infância e na adolescência, as mudanças físicas, emocionais e sociais, o impacto de traumas no bem-estar mental, a pandemia, os seus efeitos e as suas consequências foram assuntos abordados perante uma plateia atenta e participativa.
“Nós sabemos que uma parte da doença mental do adulto já vem de criança. Experiências menos positivas e mal trabalhadas nessa fase repercutem-se com a forma como se relacionam em sociedade, com a ansiedade e depressão… Há que estar atento e saber agir”, considerou Antonieta Azeredo, médica de família na UCSP Figueiró.
“Conseguimos prevenir questões futuras se se acautelar a gestão de luto, divórcio, rendimento escolar. Os pais estão mais atentos e as escolas também, mas sobretudo onde se deve atuar é na prevenção”, asseverou.
No decorrer da conversa, ambas as oradoras foram assertivas em considerar que organização das dinâmicas familiares é muito importante.
“O ambiente familiar tem de estar pacificado, os pais e os jovens têm de ter momentos de qualidade”, afirmou a médica Antonieta.
“Os pais devem arranjar tempo para os filhos. Conversar com eles e assegurar-lhes que são abrigo e na correria do dia-a-dia isso não pode ser esquecido”, lembrou a psicóloga Sandra Braga.
“Temos as crianças e jovens mais acompanhados, mas ainda há muito a fazer. Principalmente sessões deste âmbito para pais e educadores. A comunidade está sensibilizada, mas o tema não pode ser esquecido”, considerou a especialista em Psicologia da Educação.
“A API criada em 2014 quer continuar a promover a organização de encontros como este, referiu Rosário Meneses, presidente da associação.
São “atividades de interesse relevante para a associação e estão a contribuir para o desenvolvimento social e cultural”.