Estreou na passada semana o documentário 1506 – O Genocídio de Lisboa, cujo trama retrata um massacre contra os judeus, que ficou esquecido na História, e que foi gravado parcialmente na Rota do Românico, em Amarante e Felgueiras, nos Mosteiros de Travanca e Pombeiro e na Igreja de Sousa.
O filme, com a duração de 19 minutos, recorda o massacre dos judeus em 1506 em Lisboa: “As fogueiras tinham a altura de casas, numa cidade cheia de corpos despedaçados e onde cabeças eram passeadas na ponta de lanças”
A violência foi terrível. Em três dias morreram cerca de três mil pessoas. A Comunidade Israelita do Porto quer que este acontecimento não seja esquecido.
Aconteceu durante três dias, entre 19 e 21 de abril de 1506, e ficou conhecido como o Massacre de Lisboa: o povo da cidade juntou-se num ato de revolta atacando os cristãos-novos, ou seja, os judeus. Entraram-lhes em casa e arrastaram-nos para as ruas. Foram torturados, esquartejados e queimados.
“Bastou um rastilho para que antigos mitos contra os judeus gerassem uma catástrofe. As fogueiras tinham a altura de casas, numa cidade cheia de corpos despedaçados e onde cabeças eram passeadas na ponta de lanças”, descreve Gabriel Senderowicz, presidente da Comunidade Israelita do Porto (CIP), que decidiu assinalar a data com o lançamento de um filme documental recordando o evento: “1506 – O Genocídio de Lisboa”, realizado por Luís Ismael e produzido pela LightBox.
O filme está disponível online e gratuitamente, no canal de Youtube da CIP ( https://youtu.be/gONmkv0P6KM?si=0YN6ITJvV8Put8Al ) em cinco idiomas: português, hebraico, inglês, francês e castelhano.
Reforça-se que foram feitas antestreias com debate em Telavive (Israel) e Miami (EUA) e no Porto. Outras exibições com debate estão marcadas para Lisboa (2 de maio, Cinema City do Campo Pequeno, às 18:30), Madrid, Londres, Paris, Nova Iorque, Hamburgo, Sidney.