O setor da metalurgia e metalomecânica continua a ser um dos que mais exporta em Portugal e no rescaldo do ano 2023 os números apontam para mais de 24 mil milhões de negócios além-fronteiras.
Segundo dados avançados no periódico Dinheiro Vivo, o mês de novembro rendeu vendas no mercado externo de mais de 2.300 milhões de euros, o que o torna no quarto melhor mês de sempre da fileira, e o acumulado do ano ficou perto dos 22,4 milhões de euros (crescimento homólogo de 4,9%). A tendência é para que, quando as contas de dezembro forem encerradas, o recorde de exportações será batido e 2023 passará a ser o melhor ano de sempre.
Num trabalho de Ilídia Pinto no DN/ Dinheiro Vivo, pode-se constatar que apesar do ritmo de crescimento ter abrandado, as empresas de metalurgia e metalomecânica reforçam em 2023 a posição de campeãs das exportações nacionais, enquanto a fileira do calçado e têxteis fecharam o ano em terreno negativo.
O vice-presidente da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, comenta que o Metal Portugal “não embandeira em arco”, porque as questões que têm gerado preocupação se mantêm, com a Alemanha, Espanha e França, os três maiores mercados para a fileira, a manterem-se “mais ou menos instáveis”.
Menos positivos são os dados da fileira têxtil e do vestuário que regista, no acumulado do ano, uma quebra de 5% para 5396 milhões de euros, comparativamente ao período homólogo, muito influenciado ainda pelos primeiros meses do ano.
Também as exportações da indústria do calçado estão em queda. No acumulado dos 11 meses, o setor vendeu ao exterior 62 milhões de pares no valor de 1727 milhões de euros, uma quebra de 11,7% em quantidade e de 7,5% em valor e que corresponde, grosso modo, à quebra prevista para o total do ano. 2022 foi o melhor ano de sempre do setor, que cresceu 10,5% em quantidade e 20,2% em valor e passou, pela primeira vez, a barreira dos dois mil milhões de euros vendidos ao exterior.