O Cine-Teatro de Amarante começa o ano de 2024 com grandes nomes do teatro, da literatura e da música nacionais.
Depois do esgotado concerto de Jorge Palma, no dia 13 de janeiro, a apresentação de “A Farsa de Inês Pereira”, a partir de Gil Vicente, no dia 27 de janeiro; sobe ao palco a interpretação de “O Globo de Saramago – 1993”, a partir da obra do autor, a 10 de fevereiro; e o concerto dos GNR – Festival Montepio às Vezes o Amor, dia 17 de fevereiro.
A 10 de fevereiro sobe a palco “O Globo de Saramago – 1993”, a partir da obra poética de José Saramago, “O Ano de 1993”. Tal como na obra, também na peça tenta-se criar um jogo contemporâneo que foge aos cânones, às regras, e que convida o público a deixar-se ir pela corrente das palavras e do pensamento. O jogo teatral decorre dentro de um globo insuflável, transformando o objeto cénico globo num casulo de situações melancólicas, intensas e íntimas, onde prevalecem os pensamentos e tentações de um homem insatisfeito que habita dentro da sua própria caverna.
Encenado e interpretado por Frédéric da Cruz P., “O Globo de Saramago – 1993” tem banda-sonora ao vivo pela artista Surma. Os bilhetes custam 7€ e a sessão, às 21h30, terá Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.
A 17 de fevereiro, o teatro dá lugar à música com um concerto dos GNR, no âmbito do Festival Montepio às Vezes o Amor. Banda incontornável em Portugal, com mais de 40 anos de carreira, os GNR de Rui Reininho, Toli César Machado e Jorge Romão trazem a Amarante clássicos como “Dunas”, “Ana Lee”, “Efectivamente”, “Morte ao Sol”, “Mais Vale Nunca” e “Pronúncia do Norte”, entre outros.
O concerto começa às 21h30 e os bilhetes custam 20€.
No final do mês de janeiro, em parceria com o Teatro Nacional D. Maria II foi apresentada “A Farsa de Inês Pereira”, a partir de Gil Vicente, com texto e encenação de Pedro Penim. No original vicentino, a peça é relato cómico que dá conta das desventuras duma mulher da classe média portuguesa do século XVI, que desafia o poder familiar e a mentalidade medieval que dominava a sociedade quinhentista, e que foi considerada a mais perfeita das obras do ‘fundador do teatro português’, desfazendo dúvidas sobre o seu talento e originalidade. Cinco séculos depois, Pedro Penim reescreve o original vicentino e transforma-o numa obra do nosso tempo. Um olhar cáustico sobre alguns alicerces da sociedade contemporânea, nomeadamente o trabalho, a sexualidade e a célula familiar.