Dia de Todos os Santos é uma festa celebrada pela Religião Católica no dia 1 de novembro e é seguido pelo dia dos fiéis defuntos a 2 de novembro. A Igreja Ortodoxa celebra esta festividade no primeiro domingo depois do Pentecostes, fechando a época litúrgica da Páscoa, tal como a Igreja Católica Oriental. A Igreja Anglicana também celebra o dia de Todos os Santos com o mesmo significado que nas Igrejas Católica e Ortodoxa. Na Igreja Luterana, o dia é celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou, pelo que o significado da celebração também é quase idêntico ao de outras igrejas cristãs.
Na prática cristã ocidental, a celebração litúrgica começa na véspera na noite de 31 de outubro, Véspera de Todos os Santos, e termina no final de 1º de novembro. É assim um dia antes do Dia dos Fiéis Defuntos, que comemora a partida dos fiéis.
A comemoração regular começou quando, no ano de 609 ou 610, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão (o templo romano em honra a todos os deuses) a Maria e a todos os mártires.
A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741) dedicou uma capela em Roma a Todos os Santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1° de novembro. Porquê? Talvez porque para os celtas era também o início do inverno. Finalmente, em 835, o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal.
O feriado do Dia de Finados teve a sua data fixada a 2 de novembro durante o século XI pelos monges de Cluny, na França. O Dia de Todos os Santos é uma homenagem aos santos conhecidos e desconhecidos da religião cristã.
Em algumas zonas de Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos bandos para pedir o pão-por-deus de porta em porta, recitando versos e recebendo como oferenda pão, broas, bolos, romãs e nozes, amêndoas ou castanhas.
Há registos desta tradição no século XV. Tem origem no ritual pagão do culto dos mortos, com raízes milenares. Em 1756, também se cumpriu, um ano após o terramoto que destruiu Lisboa a 1 de novembro de 1755. Como a data do terramoto coincidiu com uma data com significado religioso (1º de Novembro), de forma espontânea, a população aproveitou a tradição para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de manter uma tradição que lembrava os seus mortos.
As pessoas, percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dado grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam: “Pão por Deus”.
A partir dos anos 1980, a tradição foi gradualmente desaparecendo e, atualmente, raras são as localidades onde se pratica esta tradição.
Hoje é habitual celebrar, no dia 31 de outubro, o Halloween (em inglês) ou Véspera de Todos os Santos, e seu nome em inglês deriva de ser a véspera do “Dia de Todos os Hallows (Santos)”.
O Halloween também tem relação com os mortos. No calendário dos antigos celtas, 31 de outubro era a Véspera do Ano-Novo. Os celtas e os seus sacerdotes, os druidas, defendiam que alimentos, bebidas e sacrifícios podiam apaziguar as almas dos mortos. O halloween também incluía fogueiras para expulsar os maus espíritos.