“A Sibila”, de Eduardo Brito, chegou às salas de cinema a 12 de outubro. Uma forma de comemorar o encerramento das comemorações do centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís (1922-2019).
O filme é a adaptação do romance homónimo de Agustina Bessa-Luís que retrata a relação entre uma jovem escritora e a sua tia, personagens vibrantes inspiradas em figuras reais, a viver no interior norte de Portugal em meados do século XX. Sentimentos de ciúme, admiração e o complexo magnetismo entre duas mulheres fortes são retratados magnificamente pela grande escritora portuguesa no seu livro mais icónico, adaptado ao cinema com grande precisão.
A adaptação conta com a participação de Maria João Pinho, no papel de Joaquina Augusta (Quina), a sibila, e Joana Ribeiro, enquanto Germana (Germa), a sobrinha e narradora da história. Tal como no romance, o filme “dá-se a ver como uma história em espiral, parecendo terminar onde começa – toda a narrativa é contada em analepse por Germa, na sala da Casa da Vessada que herdou da tia” Quina, lê-se na nota explicativa da produtora. O elenco integra ainda Sandra Faleiro, João Pedro Vaz, Simão Cayatte, Gustavo Sumpta, Ana Padrão e Rita Martins, entre outros.
A Sibila, com produção da Leopardo Filmes, é a primeira longa-metragem de Eduardo Brito, autor de várias curtas-metragens e argumentista de uma dezena de outras obras para realizadores como Paulo Abreu, Manuel Mozos e Rodrigo Areias.
Segundo o produtor, Paulo Branco, o projecto resulta de um desafio lançado por Mónica Baldaque, filha da escritora, para adaptar um dos mais conhecidos romances de Agustina, publicado em 1954.
A par da longa-metragem, a produção de adaptação de Sibila conta ainda com uma minissérie de três episódios para a RTP.
Note-se que esta longa-metragem contou com o apoio da RTP, das câmaras municipais do Porto, Caminha, Amarante e Marco de Canaveses, das fundações Calouste Gulbenkian e Manuel António da Mota, da Direcção Regional de Cultura do Norte e do Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema.
As celebrações do centenário do nascimento da autora começaram há um ano e terminaram este mês, com a estreia de A Sibila e um colóquio internacional na Universidade de Sorbonne, em Paris, entre os dias 16 e 18 de outubro.