Agustina Bessa-Luís foi a personalidade amarantina homenageada na 6.ª edição do UVVA – Universo do Vinho Verde Amarante, que se realizou de 16 a 18 de junho, nos claustros do Convento de São Gonçalo, e que foi a mais concorrida de sempre, com cerca de 4300 pessoas em três dias.
Sob o imaginário de Agustina Bessa-Luís, o UVVA decorreu, ao longo de três dias, com provas de vinho, conversas, showcookings, gastronomia regional e atuações musicais.
Participaram nesta edição do UVVA os seguintes produtores: 100 Igual, 3 Rostos, ABValley Wines, ACampos, AJTS, Calçada Wines, Casa da Tojeira, Casa de Cello – Quinta de Sanjoanne, Casa de Vila Pouca, Casa do Barroso, Dos Santos, Encostas do Mouro, Enoport Wines, GULA, Heitor, O Louzadense, PROVAM, Quinta Pereirinhas – Foral de Monção, Quinta da Chouza – Chão do Rio, Quinta da Levada, Quinta da Lixa, Quinta da Samoça, Quinta de Carapeços, Quinta de Maderne, Quinta de Santa Cristina, Quinta de Santiago, Quinta de Silvoso, Quinta dos Encados, Quinta Rodelo Velho, Quintas de Caiz, Quintas de Vila Garcia, Soc. Vin. Jóia Gatão, Val de Luzes, Vinho Carreiro e Vitimarante.
Mas também o chef Vítor Matos, Rui Ribeiro (Restaurante Ciao Tílias) e Miguel Cardoso (Restaurante Pena), que presentearam o público com showcookings e harmonizações.
Na obra da escritora são várias as referências a Amarante e ao Vinho Verde como, por exemplo, n’”O livro de Agustina” (2002): “Sou um produto da região, como o vinho verde, que não embriaga, mas alegra.” Na novela “Mundo Fechado” (1948), fala da vindima: “O tempo ensombrara-se, começavam-se vindimas sob um chuvisco peganhento e contínuo; o ar estava cor de cinza, as eiras lavadas e nuas tinham um aspecto desolado entre as medas que gotejavam, os beirais onde os pombos demoravam, de asa derreada, imóveis sob a chuva.” Assim como na obra infantojuvenil “A Memória de Giz”: “Tinha também muita força e carregava um cesto vindimo cheio até às bordas de uvas pretas, como se fosse já um homem. Giz dizia que as uvas pretas pesam mais do que as uvas brancas.”