“Queremos trabalhar na proximidade das pessoas e dos seus problemas”

Ricardo Alves, novo presidente da Junta de Freguesia de Mancelos.

O jovem engenheiro Ricardo Alves é o novo presidente da Junta de Freguesia de Mancelos, eleito, nas eleições autárquicas de 26 de setembro, em lista do Partido Socialista. Acompanham-no no novo executivo da Junta de Mancelos a jovem Ana Alves, como tesoureira, e Marco Pinto, como secretário. Vera Márcia é a nova presidente da Assembleia de Freguesia. 

A posse dos novos autarcas na Junta de Mancelos decorreu, em sessão pública, no passado dia 15 de outubro e desde então o novo executivo, presidido por Ricardo Alves, tem estado a ambientar-se ao exercício das funções e tomar conhecimento dos diversos assuntos e processos decorrentes do desempenho autárquico. 

Neste início de novo ciclo político autárquico o Jornal de Vila Meã pretende conhecer os novos rostos na liderança das Juntas de Freguesia e começa, nesta edição, pela freguesia de Mancelos. O objetivo é auscultar as ideias, pretensões e vontades destes novos autarcas no desempenho das funções para que foram eleitos, merecendo assim a confiança dos seus eleitores, mas também assumindo as expetativas dos seus fregueses. 

O novo presidente da Junta de Freguesia de Mancelos, Ricardo Alves, recebeu-nos na sede da Junta com a simplicidade que tão bem o carateriza, num acolhimento afetuoso e muito familiar, como, aliás, refere logo no início da nossa conversa, justificando as razões que o levaram a candidatar-se nestas eleições autárquicas. 

“Ao longo do tempo sempre tive uma visão desta freguesia como uma família. Sempre entendi que temos que olhar para as pessoas com atenção, empatia e sempre me senti capaz de estar em estreita colaboração com a população”, afirma, revelando que, perante uma mudança de ciclo pela limitação de mandatos na liderança da Junta, este era o momento de assumir uma candidatura e porque “as circunstâncias imperavam a mudança”. 

Eleito, com a maioria dos votos, o jovem Ricardo Alves sente que está preparado “para ser presidente da Junta dos mancelenses”. 

“Tenho uma equipa para me apoiar e julgo que juntos vamos conseguir levar a bom porto este mandato”, realça. 

A conversa evoluiu com muita naturalidade, evidenciando a vivacidade de fazer o que é necessário e a sensatez de avançar consistentemente na intervenção do domínio da Junta, atendendo aquelas que são as prioridades e confiando no envolvimento de todos, sempre pela defesa do melhor para a freguesia de Mancelos. 

A pouco mais de 15 dias da tomada de posse, o novo presidente da Junta mostra-se empenhado em conhecer o ponto situação da autarquia e avançar, por enquanto e nos próximos meses, com o que é extremamente necessário. 

Mas, revela, “temos prioridades que queremos ter em mão”, adiantando que “os pequenos arranjos e reparações são necessários, mas no imediato temos que olhar para a causa social”. 

Com a proximidade do final do ano e da tradicional época natalícia, o presidente da Junta avança que vai ser dada continuidade à iniciativa Mancelos Solidário, um projeto com alguns anos e que constitui uma causa social muito importante, concretizada numa importante ajuda a muitas pessoas da freguesia. 

Outra das prioridades imediatas concentra-se no apoio às crianças, através do reforço da colaboração com os grupos de pais que as representam, proporcionando todas as condições para um reforço do bem-estar e um crescimento saudável no fortalecimento do apego ao território. 

Marca de atuação, assumida desde a primeira hora, é a proximidade às pessoas: “Para concretizar o nosso intento, das pessoas em primeiro, a nossa intervenção passa por uma presença constante do executivo junto das pessoas, temos que ir ter com elas, estar disponível para as ouvir, não estar somente à espera para que tenham que vir à Junta”. 

“As pessoas já nos abordam com o que acontece, com os seus problemas e nós queremos trabalhar na proximidade das pessoas e dos seus problemas, queremos criar dinâmicas de apoio à população”, acrescenta.  

O propósito, revela, é percorrer rotativamente os vários lugares da freguesia promovendo um contacto próximo e direto com a população. 

“Estar ali para que as pessoas possam sentir a Junta mais próxima, olhar para aquela área populacional e assim fazer-se uma espécie périplo pela freguesia”, comenta. 

Quanto à intervenção da Junta na concretização de obras o que desejam é que possam ser executadas ao longo do mandato.  

Entre projetos de maior envergadura revela que, com o necessário apoio e envolvimento da Câmara Municipal de Amarante, o desejo desta Junta passa por concretizar um percurso pedestre ao longo da ribeira com passagem pelos vários moinhos, consumando a sua recuperação e projetar um espaço que confira centralidade à freguesia. 

“Gostávamos de criar algo que constitua um espaço central, de convívio. Achamos que é possível, temos feito alguns estudos quanto à localização e acreditamos que podemos ter um espaço para proporcionar comodidade, espaço de convívio na freguesia”, especifica.  

Assumem pela primeira vez a Junta de Mancelos com disponibilidade para trabalhar e colaborar com os vários agentes da sociedade, associações e município. 

“Consideramos que para o executivo da Junta e a sua relação com o município não existe partidarismos, mas o interesse geral da população”, anota. 

Quanto à relação com as associações da freguesia, assume a vontade de a Junta constituir um meio articulador entre todas as partes: “Acreditamos que não deve haver uma dependência direta do associativismo à junta, mas uma cooperação”. 

“Tudo o que as associações fazem é para o bem da freguesia, para o bem das pessoas, e a Junta tem o mesmo princípio. Por isso, acreditamos que é possível, em conjunto, considerarmos que somos todos um meio de ligação comum e fazer com que haja interligação para realizar atividades, articulação e apoio mútuo”, reforça. 

Um mandato que, reitera, desejam que fique marcado pela “vontade de trabalhar e abertura para escutar as pessoas”.  

“Há problemas que surgem e que nós tentamos resolver, mesmo não sendo diretamente da responsabilidade da Junta, tentamos estar presentes e ser influenciadores para que aconteça mais rapidamente, para que tenha sempre um desfecho rápido, célere, para a população e freguesia”, conclui.