Jovens Agricultores, Fundos comunitários, Wisecrop

Movimento de digitalização do setor agrícola português

A Wisecrop, startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, lançou um movimento para acelerar o processo de incorporação tecnológica na agricultura, adiantam numa nota enviada para o jornal de Vila Meã.

A campanha JANOTA – Jovem Agricultor(a) Nacional Orgulhosamente com Tecnologia Agrícola – pretende capacitar os agricultores para o uso de soluções digitais e tornar o setor mais atraente e competitivo.

“Sentimos que este é o momento certo para lançar este movimento, uma vez que estamos numa fase de transição entre a antiga PAC (Política Agrícola Comum) e a nova, onde as tecnologias irão adotar um papel importantíssimo. Pretendemos acelerar o processo de digitalização da agricultura portuguesa, para que evolua e se torne mais competitiva em mercados externos e, por consequência, se torne mais atraente a investimento e a captação de recursos humanos.”, destaca Tiago Sá, CEO e cofundador da Wisecrop.

A Wisecrop é um sistema operativo agrícola que, através de uma interface centralizada, disponibiliza dados em tempo real e gestão remota. Criada há seis anos, na UPTEC, a startup já conquistou 3000 utilizadores – entre agricultores, técnicos agrícolas ou associações de produtores.

A utilização da Wisecrop permite poupanças significativas com a rega e nutrientes, a redução do uso de fitofármacos ou o aumento da eficácia laboral e da maquinaria. Por outro lado, a solução providencia também vantagens intangíveis como o “conforto trazido em momento de certificação, o acesso à exploração de forma instantânea e remota, o que evita deslocações propositadas, ou a capacidade de acompanhar a evolução dos custos de produção, que resulta numa previsão precisa e atempada do proveito da campanha.”, revela Tiago Sá.

Com clientes por todo o país – Continente e Ilhas –, a Wisecrop já conquistou também mercados como a Espanha, Itália e Brasil. O principal foco da ferramenta são as culturas frutícolas e hortícolas em solo desprotegido, mas a startup também colabora com clientes que produzem em túneis e estufas, bem como ervas aromáticas, cogumelos ou cereais.