No dia 5 de novembro, foi o Dia Nacional do Cuidador Informal e, para marcar a data, o Município de Amarante partilha alguns testemunhos de Cuidadores Informais do projeto “Cuidar de Quem Cuida”.
“Tendo em conta as circunstâncias resultantes da pandemia que hoje vivenciamos, torna-se ainda mais relevante assinalar o Dia Nacional do Cuidador Informal, o dia da pessoa que, com ou sem vínculo familiar, regularmente presta cuidados não remunerados a alguém com uma doença ou com uma necessidade prolongada de saúde ou cuidados e que está fora de um quadro formal”, sublinha Lucinda Fonseca, vereadora e Presidente do Conselho Local de Ação Social.
Na Europa, as estimativas apontam para mais de 100 milhões de cuidados informais, perto de 1/5 da população total. Em Portugal existem cerca de 1,4 milhões, números revelados hoje pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais. Recorde-se que o Estatuto do Cuidador Informal foi aprovado no final de 2019 e prevê um subsídio de apoio aos cuidadores, o direito ao descanso e medidas específicas para a carreira contributiva.
Com o mundo a viver uma pandemia torna-se, mais do que nunca, importante dar prioridade a uma resposta sólida à problemática da saúde mental. Com a missão de zelar e melhorar as condições de vida dos Amarantinos que se encontrem nesta condição, o Município de Amarante, no âmbito da Rede Social, assinou, a 10 de outubro de 2019, o Acordo de Cooperação entre a CASTIIS – Centro de Assistência Social à Terceira Idade e Infância de Sanguedo e o Agrupamento Centros de Saúde Tâmega I – Baixo Tâmega, Adesco – Associação Desenvolvimento Comunitário, Associação Emília Conceição Babo, Associação Humanitária de Santiago, Associação Progredir, Centro Social e Cultural da Paróquia do Divino Salvador de Real, Cercimarante, Centro Local de Animação e Promoção Rural, CLAP, Bem Estar – Associação de Solidariedade Social de Gondar, e Santa Casa da Misericórdia de Amarante, para implementação do projeto “Cuidar de Quem Cuida”. Em jeito de balanço, a psicóloga e técnica do CASTIIS, Carmina Rei, refere: “A experiência do ‘Cuidar Quem Cuida’ em Amarante foi, desde o início, reveladora da força motriz que guia os parceiros desta iniciativa. Foi com total dedicação que se entregaram ao projeto o que se verificou no acolhimento dos/as Cuidadores/as Informais de Amarante a esta iniciativa. São estes/as cuidadores/as que verbalizam a importância do grupo psicoeducativo e do grupo de apoio mútuo nas suas vidas pautadas por inúmeros desafios agora com mais suporte e apoio.”
Opinião partilhada por Lucinda Fonseca que, conclui: “É com particular satisfação que recebo os relatos dos nossos cuidadores. Verifico, com muito agrado, as melhorias na sua qualidade de vida, quer ao nível da saúde mental, quer no que respeita à aquisição de conhecimentos obtidos através dos profissionais da área social e da saúde que integram este projeto. Deixo ainda uma palavra de agradecimento e de reconhecimento da disponibilidade, dedicação e carinho de todos/as os/as intervenientes neste projeto; e o desejo de que possamos cuidar de quem cuidou de nós, sempre com ainda mais amor e paciência.”