Padre Germano

“Vós sois a minha família, estais todos no meu coração”, Padre Germano

O Mosteiro de Mancelos acolheu, no primeiro domingo de setembro, a celebração de acção de graças pelos 46 anos de ordenação sacerdotal do Padre Germano Ferreira Leça e os cerca de 40 anos de paroquialidade nas comunidades de São Martinho de Mancelos e do Divino Salvador de Travanca, numa eucaristia presidida pelo Bispo Auxiliar do Porto, D. Armando Esteves Domingues.

Nesta eucaristia consumou-se a saída do Padre Germano Ferreira Leça destas duas comunidades paroquais, às quais dedicou cerca de 40 anos de serviço pastoral.

Evocando toda a disponibilidade e entrega do Padre Germano às suas comunidades, o Bispo Auxiliar do Porto ressalvou que, neste momento especial de celebração, agradecemos a “um padre de quem não nos despedimos, mas enviamos”.

“Irá para a sua terra natal, onde o espera um pároco com cinco paróquias e muito espaço de missão. Esperemos, Padre Germano, que possam ser tranquilos, talvez mais como merece, mas felizes”, destacou D. Armando Esteves, reconhecendo o “quanto lhe custa o partir”.

“Muito temos para lhe agradecer e em nome do nosso Bispo, D. Manuel Linda, que lhe mandou uma saudação pessoal e particular, reconhecer todo o trabalho que fez até agora na diocese e a disponibilidade para continuar na pastoral diocesana”, enalteceu.

Emocionado, o Padre Germano Ferreira Leça, salientou que as duas comunidades, de Mancelos e Travanca, onde conclui serviço pastoral, são família.

“Vós sois a minha família, estais todos no meu coração, sois tudo aquilo que eu não vou esquecer mais na minha vida”, afirmou.

“Quero-vos agradecer, meus pais, meus irmãos, meus filhos, meus netos, sois a minha família e manter-vos-ei no meu coração como minha família, não vos vou esquecer mais”, reforçou no fim da celebração, em jeito de despedida.

Antes, em representação de ambas as comunidades da qual foi pároco nas últimas quatro décadas, foram-lhe dirigidas palavras de reconhecimento por quanto deu de si no desempenho pastoral.

“Esteve presente em todos os momentos, nos bons e nos maus, cuidou, ajudou, apoiou, ensinou, mas também alertou, quando foi necessário, para que pudéssemos ser melhores, tanto na vida cristã, como na vida em geral. Nem sempre foi compreendido na sua missão, tendo por vezes criado algum desconforto, pois a sua tarefa nem sempre foi fácil”, evidenciou-se numa mensagem de agradecimento.

“Esta é a hora de agradecer pelo trabalho prestado, pelo empenho, apoio e disponibilidade”, acentuaram.