No dia três de junho, foi assinado o contrato da empreitada de recuperação do Solar dos Magalhães, projeto da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira. O início da obra deverá acontecer ainda este mês, após emissão do visto do Tribunal de Contas. O prazo de execução será de 730 dias.
Trata-se de um dos edifícios mais importantes do concelho de Amarante, destruído por um incêndio durante as invasões francesas, em 1809, que vai receber a “Casa da Memória”, dedicada à História e Cultura amarantinas.
O investimento é de cerca de três milhões de euros financiado pelo NORTE2020, através do programa PARU (Plano de Ação para a Reabilitação Urbana).
Recorde-se que Álvaro Siza Vieira já tinha estudado o Solar dos Magalhães, no final dos anos 90, quando a ideia era transformar o espaço na sede da Fundação Rei Afonso Henriques, projeto que nunca chegou a avançar. Em 2015, o Município de Amarante conseguiu negociar com a Fundação a transferência dos direitos sobre o projeto, assim como a sua reformulação para a “Casa da Memória” de Amarante junto do arquiteto.
Edifício da segunda metade do séc. XVI, o Solar dos Magalhães foi residência senhorial da família dos Magalhães de Alvellos, tendo sido incendiado em 1809. Desde então, as suas ruínas simbolizam a heroicidade e resistência da população amarantina às tropas napoleónicas comandadas por Loison.