Atendendo à realidade que vivemos atualmente, devido à pandemia que atingiu todo o mundo, a Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM), com o envolvimento da equipa dos diversos serviços que detém, mobilizou-se para dar voz aos desafios que os empresários do nosso concelho estão a viver. Helena Santos é responsável pela Emalite, uma ourivesaria com sede em Vila Meã.
Nesta “Conversa em Linha” comenta o momento atual e as consequências na economia, provocadas pelo abrandamento abrupto da atividade perante a ameaça desta pandemia e consequentes medidas de confinamento, para evitar a propagação do vírus Covid-19.
Jornal de Vila Meã – Como está a viver este momento?
Helena Santos – Muito mal. Quando vemos o nosso negócio a ter uma quebra para menos de metade, as despesas a serem as mesmas, é desmotivante. Sentimos uma impotência, que nem sabemos como explicar.
JVM – Como está a reagir o seu negócio?
HS – Muito lentamente. As pessoas estão com receio e não compram ainda, não sentem confiança. Há ainda muitos receios, apesar de, na nossa loja, termos todas as condições de higiene. Sinto que também há falta de dinheiro.
JVM – Como pensa contornar as dificuldades que surgirem?
HS – Tenho feito publicidade na página da ourivesaria, tento cativar com descontos, faço vendas online e entregas ao domicílio. Apesar de tudo, é diferente de ter o cliente na loja, cara a cara. Com o atendimento personalizado dá outra confiança ao negócio.
JVM – O que pensa acerca das medidas tomadas pelo Estado?
HS – O Estado é uma desilusão. Afirma que ajuda, mas não faz nada. O dinheiro vai parar ao Novo Banco e para a TAP que são um poço sem fundo. O pequeno comerciante só tem deveres, direitos nenhuns. É triste. Como quem faz as distribuições do dinheiro para os empréstimos são os Bancos é outra desilusão; é todo um jogo de interesses. O povo português, que é pacífico, nada faz para mostrar a sua revolta.
JVM – Que mensagem gostaria de deixar aos seus clientes e comunidade em geral?
HS – Que acreditem em nós, no comercio local. Que comprem o que é português. Só nos ajudando, vencemos as dificuldades.
JVM – Gostaria de acrescentar algo mais que considere importante?
HS – Que o comércio em Vila Meã se una para juntos vencermos. A união faz a força.