Rodrigo Silva

Conversas na Linha com Café Bar – Rodrigo Silva

Atendendo à realidade que vivemos actualmente, devido à pandemia que atingiu todo o mundo, a Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM), com o envolvimento da equipa dos diversos serviços que detém, mobilizou-se para dar voz aos desafios que os empresários do nosso concelho estão a viver. Rodrigo Silva é responsável pelo Café Bar Restaurante São Gonçalo, uma empresa, com sede em Amarante.

Nesta “Conversa em Linha” comenta o momento atual e as consequências na economia, provocadas pelo abrandamento abrupto da atividade perante a ameaça desta pandemia e consequentes medidas de confinamento para evitar a propagação do vírus Covid-19.

 

Jornal de Vila Meã – Como está a viver este momento?

Rodrigo Silva – Estamos a viver este momento com muita preocupação e contenção, tal como todas as outras empresas que constituem o tecido empresarial deste país. A análise desta situação é feita diariamente. Tudo aquilo que vivemos nos dois últimos meses foi completamente imprevisível. De um dia para o outro, vimo-nos confrontados com uma grave crise sanitária que teria de ser controlada e combatida. A solução encontrada pelas autoridades foi “fechar” o país e a economia que conduziu a uma grave crise. O impacto que estas últimas semanas tiveram na economia e na saúde financeira das empresas é indescritível. Sessenta dias depois reabrimos, cumprindo rigorosamente todas as normas emitidas pela DGS (Direção-Geral de Saúde) para o nosso setor de atividade e estamos confiantes de que mais uma vez os portugueses terão capacidade de se reinventar e de ultrapassar esta crise. 

JVM – Quais as expetativas, para o seu negócio, daqui em diante?

RS – Do ponto de vista financeiro este será um ano completamente atípico e não conseguimos fazer previsões exatas neste momento. Todas as previsões apontam para que o Turismo, a principal fonte de rendimento do pequeno comércio em Amarante, seja um dos setores mais afetados pela pandemia e com uma recuperação mais lenta. O rendimento disponível das famílias baixou e, como tal, os portugueses terão que fazer opções e alterar alguns hábitos de consumo. Esta conjugação de fatores tem e terá num futuro próximo um impacto forte no nosso setor de atividade. Mas acreditamos muito na nossa capacidade de nos reinventarmos e na força que nós portugueses temos. Não podemos baixar os braços. Teremos de continuar diariamente a inovar para fidelizar os nossos clientes e para conquistar novos. 

JVM – Como pensa contornar as dificuldades que possam surgir?

RS – Não podemos contornar dificuldades. Temos de as enfrentar. Temos de ser criativos, persistentes, focar num objetivo e definir uma estratégia para o alcançar. E lutar todos os dias para manter a porta aberta e as nossas obrigações para com os nossos colaboradores e para com o Estado. 

JVM – O que pensa acerca das medidas tomadas pelo Estado? 

RS – Do ponto de vista da saúde pública e apesar de considerar que as normas a implementar por um espaço de restauração são imensas, acredito que a necessidade de acautelar o contágio e a preocupação com a saúde dos portugueses são prioritárias e não podemos facilitar ou vacilar na sua implementação. São medidas necessárias para que todos possamos voltar a este novo normal. Do ponto de vista de apoio às micro e pme´s (pequenas e médias empresas) houve um pacote de medidas de apoio que claramente não é suficiente, mas queremos acreditar que foi o possível. 

JVM – Que mensagem gostaria de deixar aos seus clientes?

RS – Obrigado pela confiança que continuam a depositar no Café Bar Restaurante S. Gonçalo! Os nossos clientes são os nossos melhores amigos. E desde a reabertura temos sentido esse mesmo apoio. Há um esforço de todos os portugueses e dos amarantinos em particular de consumir localmente para dar um sinal positivo a todos os comerciantes de que vamos conseguir vencer mais esta adversidade. E não há nada melhor do que sentir este espírito de entreajuda. Deixar apenas um convite a que continuem a visitar-nos. Estamos cá, com todas as normas de segurança implementadas, à vossa espera.