Resiliência Organizacional

Resiliência Organizacional – José Castro

É nos momentos de crise que a resiliência das organizações é testada. Segundo os especialistas,“ a resiliência organizacional é vista como superação, vai além da recuperação e inclui o desenvolvimento de novas capacidades e a expansão de habilidades que permitem a exploração de oportunidades e a construção de competências para lidar com adversidades futuras”. Aquando a crise de 2008 no setor financeiro, enquanto empresas despediam milhares de trabalhadores, outras, do mesmo setor, não despediram nenhum. Segundo o presidente de uma delas, a “Baird” tal só foi possível dado o nível ético e a exigência de valores profundos nos trabalhadores, desde a gestão de topo até ao “simples” colaborador. Este é um exemplo de resiliência organizacional que, como processo sinérgico, é superior ao somatório da resiliência individual dos trabalhadores. Na análise da resiliência organizacional destacam-se dois componentes, pessoas e processos, ou seja componente individual e sistémica respetivamente.

Assim, no sentido de potenciar a resiliência individual e organizacional seria interessante refletir:

  • Existe uma eficaz liderança na organização reconhecida por todos?
  • A organização está proativamente atenta ao que ocorre no ambiente externo?
  • Cenários distintos são equacionados e respetivas respostas são simuladas?
  • Apreender positivamente com os erros faz parte da cultura da empresa?
  • O sucesso de um sector é entendido como dependente do sucesso dos restantes?
  • Os indicadores de sucesso são claros, objetivos e atingíveis?
  • A inteligência emocional e espiritual são promovidas?
  • A responsabilidade é assumida naturalmente?
  • A autoridade exercida é reconhecida como justa, ética e equitativa?
  • (…)

Através da Prática do Coaching Organizacional, a resiliência quer a nível individual, de grupo ou de equipas pode ser “trabalhada” no sentido de potenciar toda a organização a antecipar respostas, a reinventar-se e a superar-se em situações de crise. Desta forma, promovendo uma adaptação positiva às circunstâncias, a organização reforça a sua imagem, assim como a confiança interna e externa, que se traduzem em superiores resultados financeiros.